sábado

Feliz Ano Novo!






Tudo pronto para a contagem regressiva. Aguardamos o momento da virada do ano com muitos fogos, luzes, abraços, amigos, beijos, família, sorrisos, lágrimas, velhas promessas, novas expectativas. Todos brindam! O pensamento positivo acompanha os votos de paz, amor, saúde e dinheiro no bolso. O coração bate forte, lembramos dos momentos felizes que vivemos e também daquelas pessoas que amamos e que, por alguma razão, não estão ao nosso lado. Uma atmosfera de esperança nos envolve, por um instante acreditamos intensamente que o novo ano que se aproxima será muito melhor e que seremos capazes de superar todas as nossas dificuldades pelo simples fato de estarmos começando um Ano Novo. Este momento ganha um forte significado de uma nova chance de viver a própria vida de forma plena e, principalmente, de ser feliz. É a chance de recomeçar, mas agora de forma correta, pois estamos mais maduros, aprendemos com nossos erros e com nossos acertos. Costumamos dizer: "Ano Novo, vida nova!". Mas será que sabemos medir o peso desta afirmação? Será que conseguimos realmente colocá-la em prática?

Se o ano que passou não foi satisfatório significa que, provavelmente, não conseguimos atingir as metas propostas. E isso pode ter relação com a não concretização de sonhos, acumulo mágoas e não superação dos desafios inesperados que a vida nos oferece. Por isso, ao iniciar um novo ano surge o desejo de uma vida novinha em folha. Internamente, sentimos que é hora de abrir as janelas da mente e do coração para o futuro. Começamos, então, a captar as mensagens externas muitas vezes esquecendo que o mais importante é olhar para dentro de nós mesmos. É lá que devemos buscar as respostas para as nossas perguntas já que o caminho para uma vida única e verdadeira passa, impreterivelmente, por nosso universo interior. Para isso precisamos nos olhar e este é um exercício que deve ser feito constantemente. As atitudes de saber do que gostamos, do que queremos, de conhecer nossos sentimentos fazem parte deste processo de escolha do caminho de vida que nos realizará. Planejar um futuro baseado nas expectativas de outras pessoas, sejam elas amigos ou familiares, faz com que nossas conquistas sejam infundadas nos deixando com uma grande sensação de vazio. Essa sensação de vazio pode ser tão forte que a vida começa a parecer sem sentido e sem objetivo como se estivéssemos sempre funcionando no modo automático. E, além disso, acumulamos uma grande frustração por não ter conquistado aquilo que realmente importava gerando, em algumas situações, um sentimento de tempo perdido.

Enfim, transformar o seu momento atual depende exclusivamente de suas atitudes. Nada, nem ninguém, poderá fazer isso por você. A ajuda pode sim, vir de fora, mas o impulso deve partir de dentro, independentemente do que ocorre a sua volta. Em primeiro lugar, questione com honestidade: "Eu realmente quero mudar algo em minha vida?" Se a sua resposta for afirmativa, então é hora de mexer-se porque o Ano Novo está aí. O próximo passo é derrubar aquelas barreiras internas tão prejudiciais, como: o preconceito contra você mesmo, a sensação de não ser suficientemente bom, a necessidade de agradar o outro para se sentir valorizado, a insegurança para fazer escolhas, a baixo autoestima que sabota as oportunidades, o medo que paralisa e nos impede de ir para frente, a raiva, a mágoa, a inveja e o rancor. Muitas vezes não é fácil superar essas barreiras sozinho. Se for preciso busque ajuda profissional, mas nunca esqueça, escute sempre seus sentimentos e seus desejos, realize sua vida tornando-se verdadeiramente quem você é.

Feliz Ano Novo!


sexta-feira

Psicoterapia funciona?



      Vários estados de sofrimento, crises, transtornos e doenças têm encontrado uma solução e melhora apenas com o auxílio da psicoterapia. Não é possível hoje se falar em doenças sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional. Cada vez está mais evidente a natureza psicossomática (corpo e mente) de todas as experiências humanas. A saúde psicológica é pré-condição e parte integrante da saúde global. 


A psicoterapia ocupa hoje um lugar fundamental na área da saúde, por trazer uma visão integrada do homem, considerando as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais que conjuntamente participam na produção da existência humana e de seus problemas. É um valioso recurso para lidar com as dificuldades da existência de todas as formas que o sofrimento humano pode assumir: manifestações sintomáticas (pânico, ansiedade, depressão, fobias, anorexia, etc.), crises pessoais, crises de relacionamentos, conflitos conjugais e familiares, distúrbios psicossomáticos, dificuldades nas transições da vida, crises profissionais, etc.


A psicoterapia é também um espaço favorável ao crescimento pessoal, um lugar/tempo/modo privilegiado de criar intimidade consigo mesmo, de estabelecer diálogos construtivos, questionar, abrir novos canais de comunicação, de transformar padrões de funcionamento estereotipados, restabelecendo o processo formativo e criativo de cada um. Por tudo isso, oferece uma oportunidade de compreender os próprios modos de vinculação e relação interpessoal. Este processo acontece dentro de uma relação saudável com um profissional qualificado. É o psicólogo clínico quem pode realizar psicoterapia. Para oferecer este serviço deve estar inscrito no Conselho de Psicologia da região onde ele presta serviços.

Apesar de poder parecer, à primeira vista, um tratamento oneroso, a psicoterapia tem se mostrado, na realidade, um modo econômico de tratamento. Pesquisas indicam que a aplicação efetiva da psicoterapia diminui os índices de consumo de medicamentos e de internações hospitalares, por exemplo. Além de todos os benefícios que traz para a saúde psicológica da pessoa, melhora da qualidade de vida, aquisição de autonomia, e uma nova orientação em relação à vida, a psicoterapia tem se mostrado um tratamento economicamente compensador, por prevenir e tratar problemas psicológicos que, quando não tratados adequadamente trazem enormes prejuízos pessoais.

Atualmente é possível atingir resultados significativos em períodos de 3 meses a 12 meses. Muitas pessoas já obtêm resultados significativos nas primeiras semanas de tratamento, compensando os investimentos realizados. Para iniciar um processo terapêutico basta escolher um profissional capacitado e marcar uma entrevista inicial. Nesta entrevista você terá a chance de tirar suas dúvidas pessoalmente. O psicólogo fará uma avaliação a cerca da necessidade ou não de um processo psicoterapêutico e indicará as melhores formas para lidar com seu problema. O valor das sessões será combinado buscando o melhor para as duas partes. A duração é de 50 minutos a uma hora com freqüência de uma vez por semana, na maioria dos casos.


(Composição feita através de fontes do google)

Você está cuidando bem do seu Adolescente?




Muitos pais se queixam desta fase da vida pela qual seus filhos estão passando ou, inevitavelmente passarão. Sentem grande dificuldade em lidar com as novas questões que surgem na relação antes tão tranqüila e organizada: os pais mandavam e os filhos obedeciam. Alguns pais chegam a desejar que seus filhos possam passar da infância para a fase adulta o mais rápido possível, pulando esta tão complicada e temida adolescência. E os filhos? Será que eles acham confortável esse momento da adolescência? É claro que não! São tantas as mudanças. O corpo muda, cresce rapidamente e fica pronto para a reprodução. Os pais deixam de serem heróis. Os adolescentes ganham novos ídolos para admirar. Eles precisam de um grupo, da sua galera, para se sentirem confiantes neste processo. Chega a hora das escolhas, cursos, profissões, paqueras, pressão da família, decisões que precisam ser tomadas o mais rápido possível. E junto a tudo isso ocorre o “nascimento psíquico” que proporciona ao adolescente o traçado da sua identidade pessoal. Para o jovem a sensação é de que o mundo está girando mais rápido. Os pais não reconhecem mais o seu menino e o jovem não sabe mais que lugar deve ocupar no mundo e na família. Quem é ele? O que ele gosta? O que ele quer para o futuro? Vai fazer vestibular? Qual profissão? Essas e muitas outras questões surgem no dia a dia do adolescente e este é o processo natural de crescimento e amadurecimento.

Quando pensamos em problemas na adolescência só lembramos-nos das drogas e da gravidez precoce. Mas, além desses, quais os outros cuidados que a família precisa ter com o seu adolescente? Primeiro nada de pensar em descansar achando que o filho já cresceu e que pode seguir sozinho. É claro que a esta altura da vida seu filho já tem mais autonomia e deve ser cobrado por isso, mas não deve ser abandonado. Para completar, fique sempre atento as mudanças bruscas de comportamento e as esquisitices. Por exemplo: ele era bom aluno e agora não consegue mais estudar, ele tinha amigos e agora só vive isolado e sozinho, ela não quer mais ir para a escola, ela esta perdendo muito peso repentinamente, ele era doce e calmo e agora está muito agressivo, ela tem marcas de arranhões e cortes na barriga ou nas coxas, ela dorme o dia todo e não tem ânimo para nada e muitas outras situações que não couberam neste artigo. Todas estas situações indicam sofrimento e é de grande importância procurar uma orientação psicológica.

Em que caso é aconselhável um acompanhamento psicológico para o adolescente? Em qualquer caso que ocorra uma inadequação social acompanhada de um sofrimento psíquico (medos, nervosismo, timidez, depressão, ansiedade, insônia, insegurança, sensação de vazio, baixa autoestima). Há casos em que o adolescente pede a família para ir a um psicólogo, mas na maioria dos casos são os familiares que percebem algo de estranho. Eles são trazidos ao consultório pelos pais, pela família ou por um encaminhamento da escola. Muitos transtornos de personalidade surgem exatamente nesta fase da vida. Pais, familiares e educadores devem ficar sempre atentos a qualquer mudança brusca de comportamento. Podem ocorrer casos em que os pais procuram o psicólogo na busca de uma orientação e para saber se aquele comportamento esquisito está dentro da normalidade da adolescência. Se esse for o seu caso não tenha medo de falar com um psicólogo. CUIDE DO SEU ADOLESCENTE!

sábado

Solidão mostra a sua cara!



Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo… Isto é carência. (...) Solidão é muito mais que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa Alma. (poema de Fátima Irene Pinto) 

Quando observamos um grupo de pessoas felizes em um barzinho, comemorando, rindo e contando piadas podemos pensar: “estas pessoas não sabem o que é solidão, estão sempre rodeadas de amigos e não podem imaginar como é se sentir sozinho!” Mas, e se a cena continuasse e pudéssemos acompanhar cada uma delas de volta ao seu lar. Provavelmente levaríamos um susto se observássemos que aquela pessoa mais animada, aquela que mais gargalhava e falava alto era justamente a mais solitária. Quando todos foram embora ela ficou na solidão do seu vazio interior. E é essa solidão que mais dói, a solidão interior que nos faz sentir abandonados por nós mesmos. Muitas vezes a pessoa solitária assume vários compromissos por dois motivos principais, o primeiro para não parecer aos outros uma pessoa solitária e o segundo motivo para não entrar em contanto com a profunda tristeza de uma alma ferida.

Quando temos uma tristeza enorme em nossa alma e não vivemos esta emoção adequadamente temos a tendência de querer que os outros nos vejam como pessoas ocupadas e felizes, com muitos compromissos sociais e profissionais. Isso é uma forma de defesa, mas esconde um grande sofrimento. E este sofrimento está tão bem escondido que até a própria pessoa desconhece. Mas de onde vem tanto sofrimento? São diversas as fontes, mas todas são proporcionadas pela própria vivência de cada um no mundo e principalmente pelas experiências vividas nos relacionamentos pessoais.
Então podemos começar a pensar que as aparências podem nos enganar muito. Desejar ter uma vida semelhante à de alguém não parece ser o ideal. Como saber o que ocorre no íntimo de cada um? Será que aquela pessoa que parece ser tão feliz realmente está satisfeita com a sua vida interior? E aquela que prefere ficar só e se afasta de eventos sociais está realmente solitária? Apenas cada um pode responder por si mesmo.
É essa solidão que fere a alma, mas como diminuir esta dor? Um dos maiores motivos de solidão da alma vem da necessidade de atender as expectativas dos outros com relação ao nosso próprio comportamento. Não assumir a própria identidade e o próprio corpo nos afasta da nossa verdadeira essência isolando e aprisionando a nossa alma ferida em um cantinho escuro e sem esperança.

Uma vida baseada no que os outros pensam nos torna vazio de nós mesmos. O medo de não ser aceito no grupo nos afasta de quem realmente somos lançando-nos na futilidade da vida. Portanto, comece a se escutar, respeite o seu corpo, cuide-se, evite situações de risco, dê valor as suas emoções, seja quem você realmente é, não se ausente da sua vida deixando que outros escolham por você. Assuma a sua própria vida e o seu interior começará a ser preenchido! Dê oportunidade para sua alma sair dessa prisão e comece a cuidar da ferida que ela carrega.